Reunidas 1471 assinaturas contra aumentos na tarifa do parque de estacionamento do Hospital de Braga
O Sindicato dos Médicos do Norte (SMN)/Federação Nacional dos Médicos (FNAM) entregou ao Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde de Braga o abaixo-assinado com 1471 assinaturas contra os aumentos da utilização do parque de estacionamento do Hospital de Braga (HB), em reunião no passado dia 16 de janeiro. Os profissionais exigem a imediata suspensão do aumento das tarifas do parque de estacionamento e, consequentemente, a isenção/eliminação total das mesmas aos trabalhadores da ULS de Braga.
O SMN-FNAM reuniu 1471 assinaturas em abaixo-assinado de médicos e demais profissionais de saúde do Hospital de Braga, onde manifestam a sua discordância face ao aumento na cobrança dos valores associados à utilização do parque de estacionamento, implementado este ano, e exigem a sua revogação imediata.
A localização do HB associada à insuficiente rede de transportes públicos regulares e eficientes, bem como a escassez de alternativas viáveis para estacionamento gratuito ou a preços acessíveis nas imediações, força os profissionais à utilização do parque de estacionamento do HB, sujeitando-os ao pagamento de tarifas que representam um encargo financeiro considerável, até 600€ anuais, apenas para acederem ao seu local de trabalho.
Este cenário revela-se particularmente preocupante, atendendo a que os profissionais enfrentam condições laborais exigentes, caracterizadas por longas jornadas de trabalho, horários irregulares e a necessidade de prestação de trabalho noturno.
Denunciamos ainda a prática de tratamento desigual e injusto entre os profissionais, uma vez que alguns com função de gestão e direção encontram-se isentos de pagamento de tarifário do parque.
O SMN-FNAM exige a renegociação do contrato relativo à exploração do parque de estacionamento, que o Conselho de Administração da ULS Braga informou ter sido transferido para a esfera da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), tendo em vista a imediata suspensão do aumento das suas tarifas e, consequentemente, a isenção/eliminação total para todos os seus profissionais.
É ainda necessário garantir soluções para as unidades dos cuidados de saúde primários, onde os parques são exíguos e todos eles sujeitos a parquímetro. Endereçamos uma missiva à ACSS e pedido de reunião urgente ao Presidente da Câmara de Braga para discussão de soluções nesta matéria em prol de todos os médicos e demais profissionais da ULS de Braga. Ressalta-se que os médicos estão dispostos a adotar medidas mais incisivas para salvaguardar os seus direitos.