O desafio de uma boa gestão dos recursos humanos, questionando se o problema é a falta de médicos ou a sua distribuição, na Península Ibérica mas também no resto do contexto europeu, foi o mote das II Jornadas Hispano-lusas, organizadas pela Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e a Confederación Estatal de Sindicatos Médicos (CESM), que teve lugar nos dias 2 e 3 de novembro, em Chaves. 

Ao longo de dois dias cerca de uma centena de médicos de Portugal e Espanha reuniram-se em Chaves para tentar responder à questão “Há carência de médicos ou má distribuição?

Joana Bordalo e Sá, Presidente da FNAM, e Gabriel del Pozo, Secretário Geral de CESM, foram os anfitriões das II Jornadas, nas quais convidaram os presentes a aprofundar a realidade de ambos os países, como ponto de partida para que os presentes pudessem também aventar as soluções que os médicos defendem para começar a solucionar os problemas com os quais a Saúde se depara.

Ao longo dos trabalhos usaram também a palavra Cátia Martins, vice-presidente do Sindicato dos Médicos do Norte (SMN) e Víctor Pedrera, vice-secretário general da CESM, Noel Carrilho (Sindicato dos Médicos da Zona Centro), Miguel Lázaro, SIMEBAL (Sindicato Médico das Baleares), Vitoria Martins, vice-Presidente da FNAM, Alice Jeri (SMN) e María José Campillo, (CESM). 

Ao longo das Jornadas houve espaço para a apresentação de resultados do Inquérito da Federação Europeia de Médicos (FEMS) e foram abordados vários caminhos possíveis para conseguir fixar os médicos nos serviços públicos, tendo os colegas da CESM entendido somar-se à iniciativa de desenvolver um Manifesto em Defesa da Saúde Pública, para entregar à Comissão Europeia no próximo dia 17 de novembro, data em que a FNAM será recebida pelo gabinete da Comissária para a Saúde Stella Kyriakides, em Bruxelas.

Joana Bordalo e Sá, Presidente da FNAM, e Tomás Toranzo, Presidente de CESM, encerraram os trabalhos dando conta que esta iniciativa irá continuar com o objetivo de reforçar laços e convicções de ambos os lados da fronteira ibérica entre ambas as comunidades médicas e entre ambas as federações sindicais. 

Foi feito um comunicado conjunto, bilíngue, que pode ser lido aqui.