O Sindicato dos Médicos do Norte (SMN) reuniu, no dia 16 de fevereiro, com uma centena de médicos na Unidade de Saúde do Alto Minho (ULSAM), tendo debatido os problemas laborais dos médicos e o atual momento negocial com o Ministério da Saúde.

Os médicos da ULSAM sentem no dia-a-dia o agudizar de problemas laborais, nomeadamente o atraso na realização dos concursos para aquisição do grau de Consultor, atraso na passagem à categoria de Assistente Graduado após aquisição do referido grau de Consultor, ausência de avaliação e progressão na carreira, recusa em aplicação da jornada contínua em determinadas situações, pagamento discricionário pelas funções desempenhadas no âmbito do combate  à doença COVID-19, assim como a não aplicação da majoração legalmente prevista pelo trabalho suplementar prestado, entre outros. Além da prestação de esclarecimentos, o SMN comunicou que o gabinete jurídico do SMN, está disponível para apoiar os médicos que o requeiram.

O SMN informou ainda que as negociações com o Ministério da Saúde (MS) decorrem a um ritmo demasiado lento e prolongadas no tempo. Os pedidos de adiamento por parte da tutela são cada vez mais frequentes à medida que escasseiam as propostas por ela apresentadas. Por outro lado, a Federação Nacional dos Médicos (FNAM), tem realizado o seu trabalho de forma responsável, cumprindo prazos e apresentado soluções concretas, numa postura dialogante, disponível e construtiva.

A FNAM emitiu um aviso prévio de greve para os dias 8 e 9 de março, em resposta à falta de compromisso por parte do MS, em negociar as grelhas salariais e ausência real de medidas para salvar o SNS. Além disso, agendou uma concentração, no dia 8 de março, pelas 15h00 em frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa. Esta é uma greve para todos os médicos. Apelamos, pois, à participação de todos, de forma a mostrar ao Governo e à sociedade que estamos unidos em defesa da nossa profissão e de um SNS para todos.