A Unidade Local de Saúde do Alto Minho foi condenada, pelo Tribunal do Trabalho do Porto, a indemnizar e a reintegrar uma médica da Unidade de Cuidados Intensivos, despedida de forma ilícita em março de 2021.
Em declarações ao Diário de Notícias, a advogada do Sindicato dos Médicos do Norte garante que o despedimento da profissional de saúde terá tido motivações discriminatórias, de personalidade e revestidas de assédio laboral e visa o diretor do serviço de cuidados intensivos daquele hospital. José Caldeira seria, de acordo com o DN, visado numa queixa mais abrangente, por parte de 44 profissionais de saúde do hospital de Viana do Castelo, por comportamentos de assédio laboral.
Diz o Diário de Notícias que a sentença judicial comprovou o caráter ilícito do afastamento da médica, motivado por questões de personalidade, desprovido de critérios legais.
Em nota de imprensa, enviada ao Porto Canal, o hospital apresenta uma versão distinta dos factos. O Conselho de Administração desmente a notícia e garante que não houve qualquer despedimento, mas sim a dispensa da profissional de saúde durante o período experimental do contrato de trabalho. A mesma versão apresentada em tribunal.
A direção do hospital afasta-se também das acusações de comportamento discriminatório e garante que fará chegar à Ordem dos Advogados o testemunho da advogada do movimento sindical, para fins de responsabilização ética e deontológica.
A notícia data desta segunda-feira, mas o hospital garante que a leitura da sentença, em tribunal, aconteceu no mês de junho e acrescenta que ainda decorre o período de recurso.