O Sindicato dos Médicos do Norte (SMN) reuniu, no dia de hoje, com o Conselho de Administração (CA) da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), após várias denúncias de problemas laborais e assédio moral/laboral aos médicos dessa instituição.

Nessa reunião, o SMN solicitou ao CA da ULSAM que adotasse providências imediatas, atendendo ao atraso na passagem à categoria de Assistente Graduado, com a obtenção do grau de Consultor, a ausência de avaliação e progressão na carreira, recusa em aplicação da jornada contínua em determinadas situações que são devidas, bem como na falta de aplicação da majoração legalmente prevista pelo trabalho suplementar prestado em alguns serviços, ao abrigo do disposto no Decreto-Lei n.º 50-A/2022, de 25 de julho.

Além disso, os Cuidados de Saúde Primários encontram-se sem Diretor Clínico e Presidente do Conselho Clínico há cerca de meio ano, com perturbação de todo o seu funcionamento e com repercussões nos cuidados prestados aos utentes.

Por fim, face ao assédio moral praticado aos médicos pelo Diretor de Departamento da Medicina Crítica, função que acumula com a Direção de Serviço da Medicina Intensiva, o SMN exigiu a sua suspensão imediata, enquanto decorre o processo de inquérito aberto pelo CA da ULSAM. As atitudes ameaçadoras desse Diretor para com os médicos têm sido reiteradas, com elevação frequente do tom de voz, tentativa de contacto fora do local e horário de trabalho, em ambiente de chantagem constante e atemorização, que se reflete de forma negativa na vida pessoal e profissional dos médicos, colocando também em risco a qualidade dos serviços prestados aos doentes.

O SMN repudia esta situação, que classifica como inaceitável, pelo que exige uma intervenção urgente por parte da Tutela, enviando, para o efeito, uma missiva dirigida ao Sr. Ministro da Saúde, ACSS e demais entidades fiscalizadoras.