DESTINATÁRIOS: Médicos

DATAS: 13, 15, 20, 22, 27 e 29 de setembro e 4, 6, 11 e 13 de outubro de 2022

DURAÇÃO: 30 horas

HORÁRIO: Das 19h às 22h30, com um intervalo de 30 minutos

ENTIDADE PROMOTORA

SINDICATO DOS MÉDICOS DO NORTE
Rua Faria Guimarães, 718, 3º, 4200-289 Porto

ENTIDADE FORMADORA

Quadros & Metas – Consultores de Gestão e Formação Lda.

ENTIDADE FORMADORA CERTIFICADA nas áreas da Gestão e da Saúde pela DGERT

FUNDAMENTAÇÃO

A dor é um fenómeno fisiológico de importância fundamental para a integridade física do indivíduo.

No nosso dia-a-dia a dor, quando surge, numa fase inicial ou aguda, surge como resposta à lesão de tecidos, real ou potencial, e permite-nos gerir estratégias de defesa. É, nesta condição, um agente de alerta, e permite-nos assegurar a sobrevivência; constitui causa importante de procura de cuidados médicos.

No entanto, passada a fase de lesão ou após cicatrização dos tecidos, a dor perde esta função e torna-se num processo mórbido, que gera incómodo e pode gerar incapacidade funcional, diminuição da qualidade de vida e sofrimento continuado. Nesta situação a dor não funciona como alerta, mas sim como doença (declaração emitida no Parlamento Europeu em 2001 pela European Federation of IASP Chapters. (www.efic.org/declarationonpain.html)

Em termos epidemiológicos a dor crónica, definida como dor que persiste para além da cicatrização dos processos agudos, é frequente e tem um impacto social importante; cerca de 1/3 dos portugueses têm dor crónica e destes 30% têm dor moderada a severa ao longo da vida (Azevedo et al 2012).

Existem já barreiras identificadas que podem explicar esta insuficiência no controlo adequado da dor, nomeadamente individuais, sociais e profissionais. Destas, a falta de formação pré e pós-graduada é apontada em todo o mundo como uma das principais lacunas.

Para podermos tratar a dor de forma adequada temos de saber que dados devemos colher durante a entrevista clínica; com os dados recolhidos poderemos estabelecer não só causas prováveis (etiologia) como também o ou os mecanismos fisiopatológicos subjacentes, avaliar o impacto funcional e mórbido bem como os possíveis critérios de resposta terapêutica.

A definição de estratégia(s) adequada(s) para o tratamento da dor  passa por todos os pressupostos anteriores, pela avaliação etiológica e tratamento dirigido à causa, sempre que possível, e pela validação da resposta aos tratamentos .

Dadas as características subjetivas da dor, o seu impacto funcional e o tipo de reação individual fácil será entendermos que a estratégia de tratamento deverá ser dirigida ao indivíduo o que poderá implicar, em número importante de casos, a utilização ou prescrição de mais do que uma modalidade de tratamento. As diferentes modalidades, farmacológicas e não farmacológicas poder-se-ão associar de múltiplas e variadas formas. Existem, no entanto, regras básicas que não devem ser ultrapassadas, quer por questões de eficácia, quer por questões de segurança.

Devemos também reconhecer o caracter dinâmico da dor ao longo da vida, o que condiciona a necessidade de avaliar de forma sistemática e continuada a sua evolução.

O tratamento adequado da dor deverá, portanto, ser alvo de especial atenção pelos cidadãos, que deverão reconhecer e exigir o seu tratamento de forma eficaz, pelos profissionais, que deverão exigir condições adequadas ao estudo e orientação terapêutica multimodal e pela própria sociedade na medida em que constitui um grave problema de saúde pública

O controlo da dor deve, pois, ser encarado como uma prioridade no âmbito da prestação de cuidados de saúde, sendo, igualmente, um factor decisivo para a indispensável humanização dos cuidados em saúde

OBJETIVOS GERAIS 

No final da formação os formandos deverão:

  • Reconhecer a importância da dor na prática clínica
  • Perceber as barreiras que existem e dificultam o adequado tratamento
  • Aprender a caracterizar a dor na prática clínica
  • Entender a necessidade de abordar a etiologia da dor, de forma sistemática, enquanto causa potencialmente tratável, e perceber os mecanismos fisiopatológicos envolvidos
  • Selecionar e hierarquizar estratégias farmacológicas no tratamento da dor
  • Conhecer estratégias não farmacológicas e suas principais indicações ~
  • Prever a necessidade de reavaliar a evolução da dor e adaptar os tratamentos prescritos
  • Repensar a dor enquanto problema de saúde pública e o direito individual, inalienável, ao seu tratamento adequado
  • Reconhecer que existem riscos associados ao tratamento da dor e conhecer as estratégias de mitigação do risco

PROGRAMA

O doente com dor

Epidemiologia e o Burden da dor

Definições e caracterização da dor

História clínica, exame e avaliação diagnóstica

Classificação da dor 

Estrutura da classificação ICD-11

Bases para a compreensão e tratamento da dor – Maria Fragoso

A neuro-matriz e a dor

– Anatomia do sistema nervoso ascendente e descendente

– Fisiologia da transmissão da dor

– Modulação e plasticidade no sistema nervoso nociceptivo

Dor nocicetiva (somática e visceral)

Dor neuropatia (central e periférica)

Modelo biopsicossocial

Dor aguda – Inês Fonseca

Contexto hospitalar

Contexto ambulatório

Dor crónica

Dor enquanto doença

Factores preditivos de desenvolvimento de dor crónica

Modelo biopsicossocial no tratamento da dor

Estratégia de tratamento

Farmacológica

Não farmacológica

Multimodal

Requisitos na avaliação da eficácia e segurança

Situações de dor prevalentes

Dor musculoesquelética – Drª Filipa Rocha

Dor neuropática – Drª Carolina

Cefaleias primárias e secundárias – Drª Vanessa 

Dor pélvica /Dor visceral – Dr Germano Cardoso

Síndromas de dor generalizada – Dr Germano Cardoso

Situações particulares – Dr Germano Cardoso e Drª Diana Fontanete

Dor na criança – Dr Germano Cardoso

Dor no velho – Dr Germano Cardoso

Dor e comportamentos aditivos – Drª Diana Fontanete

Dor em oncologia – Maria Fragoso 

COORDENAÇÃO

Dra. Rosa Maria Fragoso 

FORMADORES

Dra. Rosa Maria Fragoso

Dra. Inês Fonseca

Dra. Filipa Rocha

Dra. Carolina

Dra. Vanessa

Dr. Germano Cardoso

Dra. Diana Fontanete 

REGRAS DE FUNCIONAMENTO ONLINE

O formador estará em direto com os participantes realizando a formação através da plataforma ZOOM;

Durante as sessões os participantes poderão colocar questões verbais, mediante as regras a definir pelo formador (quais os tempos, em que fase, qual a ordem, etc.). Ainda durante as sessões haverá possibilidade também de colocação de questões por escrito ao formador, através do chat room do ZOOM. As questões serão respondidas durante a sessão ou na sessão subsequente;

Será fornecida toda a documentação de suporte à formação;

Esta formação é certificada.

INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES

Número máximo de participantes: 20

As inscrições serão consideradas pela ordem de chegada, dando prioridade aos sócios do SMN.

A inscrição inclui:

Frequência do curso; Documentação; Certificado de participação – para quem solicitar, o curso pode incluir avaliação e respetiva nota no Certificado. 

Sócios

150 € (com IVA já incluído a 23%)

Não Sócios

190 € (com IVA já incluído a 23%)

Condições de pagamento:

O pagamento deverá ser efetuado, até 5 dias antes da realização da Formação por transferência bancária para o SMN (IBAN – PT 5000 350 651 003 663 589 2619).

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