FNAM, enquanto estrutura sindical, tem como objetivo a defesa e representação dos interesses dos médicos, enquanto a Ordem dos Médicos desempenha o papel de regular e supervisionar a profissão médica. Neste enquadramento, ambas as entidades reuniram-se no Porto, na sede do Sindicato dos Médicos do Norte, no dia 21 de outubro, com a participação das secções regionais da Ordem – norte, centro e sul – para debater bloqueios e soluções na carreira médica.

Durante a reunião, abordou-se a necessidade de:

  • Reintegrar o internato médico na carreira, assegurando a continuidade e a progressão adequada dos médicos.
  • Garantir que os concursos para consultor sejam realizados dentro do prazo máximo de 6 meses, evitando a morosidade atual, que por vezes ultrapassa 3 anos, e prejudica o acesso à categoria de assistente graduado.
  • Assegurar oportunidades de progressão para todos os médicos, incluindo aqueles que se subespecializam em áreas específicas, ou seguem outras áreas funcionais.

Ficou em aberto a discussão sobre:

  • criação de um grau técnico-profissional que permita o acesso à categoria de assistente graduado sénior no SNS.
  • progressão remuneratória baseada em diuturnidades, semelhante ao que é praticado noutras profissões.
  • valorização da experiência clínica, a investigação e o ensino, na progressão profissional.

Reforçou-se a ideia de que é fundamental inovar a carreira médica. Incentivar a formação contínua e a certificação permitiria que todos os médicos tivessem oportunidades de evolução, independentemente da subespecialização ou área funcional.

progressão remuneratória estruturada com base em diuturnidades são passos essenciais para modernizar a carreira médica no SNS, tornando-a mais transparente, justa e motivadora.