Com o resultado das eleições de 18 de maio de 2025, a FNAM exige que o próximo Ministro ou Ministra da Saúde inicie, de imediato, negociações sérias e eficazes para resolver a crise que afeta o SNS e melhorar as condições de trabalho dos médicos.

A realidade é clara: os médicos continuam a ser empurrados para fora do SNS, devido a salários a aproximarem-se do salário mínimo, sobrecarga de trabalho, e uma escassez de condições mínimas para garantir um atendimento de qualidade. A FNAM não aceita a procrastinação das soluções e que agora devem ser colocadas em prática de forma urgente.

A FNAM tem várias propostas para resolver esta crise, entre as quais se destacam: a recuperação do poder de compra dos médicos, a valorização da carreira médica, a criação de um regime de exclusividade opcional e majorado, a agilização dos concursos e o fim das quotas à progressão. Além disso, é imprescindível a reintegração dos internos na carreira médica, a devolução dos dias de férias retirados durante a austeridade, e o reforço das medidas de apoio à parentalidade dos médicos.

Não há mais espaço para promessas vazias ou soluções que não se concretizam. O próximo Ministro ou Ministra da Saúde terá de ouvir a FNAM e agir sem demora para garantir que as condições de trabalho dos médicos sejam dignas e que o SNS continue a ser o pilar da saúde pública em Portugal, acessível a todos os cidadãos, independentemente da sua condição económica.

Sem médicos, não há SNS. A FNAM está pronta para negociar, e exige compromisso e ação concreta.