A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) manifesta o seu total apoio à Confederación Española de Sindicatos Médicos (CESM) e aos milhares de médicos que participaram, no passado dia 13 de junho, na greve nacional em defesa da dignidade da profissão médica e da saúde pública em Espanha.

A paralisação, com uma taxa de adesão próxima dos 90%, demonstrou de forma inequívoca o descontentamento da classe médica com o projeto de Estatuto-Quadro apresentado pelo Ministério da Saúde espanhol, que ameaça direitos fundamentais dos profissionais de saúde.

A proposta, imposta sem negociação efetiva, ignora as principais reivindicações dos médicos, especialmente no que diz respeito à regulamentação específica da formação especializada, às condições de trabalho e à estabilidade profissional.

A greve teve um forte impacto em várias comunidades autónomas, com suspensão total da atividade cirúrgica não urgente, elevada adesão em hospitais e cuidados de saúde primários, e participação expressiva de médicos internos (MIR), que se juntaram em massa à mobilização — conscientes de que o seu futuro e o do sistema público de saúde estão em causa.

Como afirmou o presidente da CESM, Miguel Lázaro, esta luta é pela profissão médica, mas também pela qualidade dos cuidados prestados aos 49 milhões de utentes do sistema público de saúde espanhol.

A FNAM junta-se a esta luta justa e necessária, e reafirma: a dignidade da medicina e a defesa da saúde pública não têm fronteiras.