Dobrámos mais uma vez a espinha. Não sei o que sente hoje o cidadão comum, mas, como médico a trabalhar há 43 anos no Serviço Nacional de Saúde, sinto vergonha e indignação pela forma como o País abordou a segunda fase da pandemia.
À unidade, determinação e capacidade de antecipação, da primeira fase, seguiu-se o deslumbramento e o desleixo autocontemplativo. Poder político e estruturas da sociedade civil, tão céleres a responder inicialmente, deixaram-se adormecer na
expectativa de que o vírus desaparecesse ou se ficasse por outras paragens.
(ver artigo, na íntegra, em anexo)